Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece
do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações,
que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que
ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de
ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio
feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me
tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí,
maldizendo a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?
do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações,
que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que
ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de
ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio
feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me
tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí,
maldizendo a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?
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